PRINCIPAIS VANTAGENS DAS LUVAS NITRÍLICAS SOBRE O LÁTEX:

1- Mais resistentes;

2- Não interferem na reação de presa de materiais odontológicos reagentes ao látex;

3- Menos alergênicas;

    A alergia ao látex de borracha natural é uma condição que tem atingido níveis epidêmicos em áreas altamente expostas a esta matéria prima, como a da saúde. A partir da década de 80, com a descoberta da síndrome da imunodeficiência adquirida, profissionais da saúde cada vez mais se expõe a materiais alergênicos, visto que o uso de luvas de procedimento aumentou em todo o mundo consequentemente elevando também alergia ocupacional relacionada ao látex. Dentre as reações ao látex podemos observar dermatites de contato, erupções cutânea, asma e rinite alérgicas, sendo estas últimas associadas ao pó da luva, além de reações de anafilaxia já relatadas. Alergias alimentares também podem ocorre pela manipulação de alimentos com luvas de látex.

   Em diversos países, como EUA e Califórnia, as luvas de látex já foram banidas dos restaurantes sob a estimativa de 6% da população norte-americana (aproximadamente 20 milhões de pessoas) serem alérgicas ao látex. Além disso, se considerar os profissionais da área da saúde essa estimativa pode subir até 17%. No Brasil, as luvas de látex não são proibidas, mas de acordo com a RCD n°26 da Anvisa que entrou em vigor em 2016, prevê a advertência nos rótulos de alimentos e bebidas com a presença de ingredientes que possam causar alergias, a resolução determina que as indústrias (frigoríficos, alimentícias, panificação, etc.) informem nos rótulos dos produtos a presença de alergênicos, inclusive o látex.

    Assim, as luvas de nitrilo são uma boa alternativa ao látex, não possuem pó, são mais resistentes de uma maneira geral e acredita-se que a tendência mundial seja que as luvas em nitrilo substituam progressivamente as de látex.

ZS Buss, TS Fröde. Latex Allergen Sensitization and Risk Factors Due to Glove Use by Health Care Workers at Public Health Units in Florianopolis, Brazil. J Investig Allergol Clin Immunol; Vol. 17(1): 27-33; 2007.